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Bate-papo com VET: Pamela Lima tira dúvidas sobre Dermatologia

Conversamos com a médica veterinária Pamela Lima sobre quais são as dúvidas mais frequentes dos tutores sobre a especialidade. Entenda a seguir!

1. Como é uma consulta dermatológica e o que se verifica?

Eu costumo dividir em etapas: primeiro, uma anamnese bem completa, pois esse passo nos traz bastante informações (quanto tempo apresenta o quadro dermatológico, se já fez algum tipo de tratamento, se sim, quais foram os resultados do tratamento).  Também é importante entender o contexto que esse animal vive (qual ração ele come, se trata-se de AN, se foi balanceada ou não, se tem o costume de viajar com o tutor e para quais lugares, se faz controle com o veterinário de pulgas e carrapatos e verminoses regularmente ou não, se está vacinado, qual ambiente ele fica, se tem caminha e mantinha e como isso tudo é lavado, período de banho, tipo de shampoo, tipo de pote de água e ração, etc). Já em relação ao exame físico, eu verifico a saúde da pele e do pelame (odor, brilho, se é opaco, se tem presença de secreção, pústulas e crostas, rarefação pilosa, alopecia). Também é importante a realização de exames quando há presença de pústulas (citologia), secreção de ouvidos (cultura e antibiograma), sarna demodécica (citológico de pele) ou outras coisas que possam estar contribuindo para a lesão do animal ou ser a causa principal. Usamos o olfato, a visão, o tato para entender o conjunto de problemas do animal.

2. Quais as principais queixas dos tutores em relação aos problemas dermatológicos de pets?

As queixas são pruridos, que podem vir ou não acompanhados de lesões, com pústulas e crostas melicéricas e, também, otite. Podem ser os dois juntos ou separados. No caso das otites, a maioria já se trata de processos crônicos, em que o animal já teve duas ou três no ano.

3. Você é adepta das terapias naturais para ajudar no tratamento de seus pacientes?

Sim, sou praticante da medicina integrativa. Acredito que quanto menos medicações os animais usarem, melhor é a fim de evitar os efeitos colaterais que muitas medicações têm. Os pacientes dermatológicos, muitas vezes, vão precisar de tratamento para o resto de suas vidas como os atópicos, que têm deficiências de proteção da barreira da pele e são muito predispostos a infecções secundárias. Então, precisamos deixar os medicamentos reservados para animais que realmente não respondem às práticas naturais. Por exemplo, um animal com piodermite ou malassezia secundário a uma crise alérgica de um animal atópico, posso usar a ozonioterapia, que tem um ótimo efeito bactericida e antifúngico e ajuda muito no prurido também. Outro exemplo é a fotobiomodulação, onde o laser de led azul promove uma limpeza dos tecidos, cicatrização e hidratação que são pontos que o animal que tem deficiência na barreira da proteção da pele precisa. Em terapias tópicas, podemos contar com shampoo natural, substituindo por um medicamentoso, como própolis e menta, por exemplo, que tem ótimo efeito comprovado bactericida e antifúngico. Claro que o resultado de um shampoo medicamentoso pode aparecer de forma mais rápida do que um terapêutico natural. O controle é sim possível com um lado mais natural.

4. Pode citar as principais dúvidas em relação aos problemas dermatológicos?

As dúvidas estão mais relacionadas a se o problema do pet tem cura, quanto tempo irá demorar o tratamento, o valor do tratamento (o custo do paciente dermatológico acaba sendo um pouco alto), se passa de um animal para outro ou para humanos. Sabemos que algumas doenças dermatológicas são zoonoses e podem sim passar para a gente.

Pamela Lima é médica veterinária, especialista em Dermatologia e Medicina Preventiva e Integrativa.

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