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Bate-papo com VET: Luiza Cervenka sobre o uso de terapias naturais para o tratamento de ansiedade

Conversamos com Luiza Cervenka sobre o uso de terapias naturais para o tratamento de ansiedade de separação em cães e gatos. Confira o que ela nos contou!

 

1. Na sua opinião, qual a importância do uso de terapias naturais para o tratamento de enfermidades nos pets?

As terapias naturais são mais uma ferramenta para aumentar o bem-estar dos pets e pode ser um facilitador para a melhora do quadro.

 

2. Quais são os problemas relacionados à sua especialidade mais comuns nos pets hoje? Pode nos contar da sua experiência?

Na maioria dos casos, os tutores não compreendem os comportamentos naturais dos pets e não oferecem opções para que eles possam expressar esses comportamentos naturais como, por exemplo, cavar, latir, destruir, morder, arranhar. Todos esses são normais para cães e gatos, mas quando expressam esses comportamentos dentro das nossas casas, isso se torna inadequado. A grande questão está nos seres humanos. Hoje vemos muito cachorros ansiosos, mas este tipo de comportamento está vinculado a uma baixa oferta de enriquecimento ambiental e oportunidades para que eles possam expressar o seu instinto natural. Também a uma baixa oferta de atividades físicas diárias. E, principalmente, a falta de compreensão de que cães são cães, gatos são gatos e humanos são humanos. E não pensar que um cachorro é um bebê peludo. A maior questão é o conflito que existe está no comportamento apresentado pelo pet e o comportamento desejado pelo tutor.

 

3. Para tratar esses problemas em seus pacientes, você costuma indicar tratamentos naturais?

Sou a favor de terapias naturais e alternativas há um bom tempo. Eu costumo usar em mim e nos meus animais, desde terapias homeopatia, fitoterapia, suplementação natural, cromoterapia, reiki e mais. Acredito que os animais são muito mais sensíveis a esse tipo de metodologia. Muitas pessoas não sentem que essas terapias não funcionam, mas diferentemente dos animais, os humanos têm a questão da crença. Os animais não têm a dúvida e isso faz com que o tratamento seja mais eficaz. Eu ofereço o tratamento ao meu cachorro e funciona muito mais rápido, mesmo porque ele tem uma energia e sensibilidade muito mais sutil. Então, a depender do caso, eu indico a homeopatia, a acupuntura e a musicoterapia.

 

 

4. Sobre o uso da fórmula Maracujá, da Botica Pets: você pode nos contar em quais casos mais utiliza e quais resultados obtidos?

Eu comecei a usar a Fórmula Maracujá há pouco tempo. Já indiquei para uma cliente, uma Chow Chow, que fica muito agitada a noite. Neste período, na casa dela, há maior movimentação de pessoas e ela ficava muito agitada. Orientei que a fórmula fosse dada duas horas antes desse período de entra e sai de pessoas na casa e realmente ela tem ficado mais tranquila e mais calma.

Também tenho testado a Fórmula Maracujá na minha casa, com a Aurora [cachorra] e o Doritos [gato] e tem funcionado bastante. No final do ano, com a questão dos fogos de artifício, me ajudou bastante com a Aurora. Ofereci a fórmula duas vezes no dia 31 de dezembro, juntamente com outras ações, e deu uma melhorada. Tenho oferecido também em dias de chuva e outros momentos que ela possa ter medo. Já com o Doritos eu ofereço toda noite para que ele possa dormir tranquilo e não me acordar. E tem funcionado.

 

 

5. Como você avalia a composição da fórmula (Maracujá + Extrato de Alcachofra, Levedura Seca de Cervejaria)?

Só o fato de ter o maracujá e a levedura, acho a fórmula incrível. A passiflora e o levedo de cerveja eu sempre utilizei. O levedo é um multivitamínico que ajuda no pelo e pele. Inclusive, estou usando na Aurora porque ela está com um fungo na pele. Eu percebo que é uma associação muito legal. Isso porque muitos animais que têm algum tipo de estresse, acabam refletindo na pele. E muitos dos problemas dermatológicos podem ter um fundo de estresse. Então acho bem bacana.

 

6. Qual a importância de oferecer ao pet um produto feito à base de ingredientes naturais e sem conservantes?

Acredito que o fato de não ter conservantes, facilita a palatabilidade. Eu vejo que não há problema na aceitação do pó. Eu coloco na alimentação da Aurora e do Doritos e os dois comem sem problema nenhum.

 

7. Pode nos dar um relato de caso?

Um caso que posso relatar é o da Aurora, uma Chihuahua. Ela é muito medrosa e em dias de chuva ou datas como o ano novo, ela fica muito ansiosa, babando bastante, porque ela percebe a movimentação. Eu ofereço a Fórmula Maracujá e, uma hora depois, ela já está um pouco mais calma. Eu também utilizo outras técnicas, como passeio e música para obter esse efeito.

Eu acredito que qualquer medicação, seja natural ou alopática, é um coadjuvante no tratamento comportamental. Esse tratamento é baseado em três pilares. O primeiro é a medicação, o segundo é o manejo ambiental - para que o animal possa expressar o seu comportamento natural em conflitar com as expectativas do ser humano, e o terceiro é a modulação comportamental, que é feita através de treinamento para diminuir a frequência dos comportamentos tidos como inadequados. Se utilizar somente a medicação, estaremos esquecendo os outros, que são tão importantes quanto.

 

8. Você indicaria a Fórmula Maracujá?

Eu indico sim, porque vejo diferença, que realmente os animais ficam mais calmos com a Fórmula Maracujá. Eu recomendo principalmente quando precisamos de um "acelerador" no processo de aceitação, por parte do pet, de uma situação nova, como no caso que citei da Chow Chow. Indico nos meus cursos, inclusive, no último indiquei para uma cachorra que tem um comportamento mais "esquentado" com outros pets. Com a Fórmula Maracujá, a minha intenção é que ela fique mais tolerante diante da aproximação de outros animais. Para isso, vamos utilizar outras técnicas e o suplemento entra como um coadjuvante. Vou indicar para outros casos sim.

 

Luiza Cervenka é bióloga, com mestrado em psicobiologia, doutorado em veterinária e pós-graduada em jornalismo.

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