Em tempos de quarentena, não somente as pessoas têm sido afetadas com o isolamento social: os pets também e muito! Sim, a mudança de rotina e a redução no número de passeios têm gerado mais ansiedade, estresse e muitos outros problemas que vêm sendo levantados por veterinários e tutores ao longo de mais de um ano de pandemia mundial. Como médico veterinário você está preparado para orientar os tutores a lidar melhor com os seus pets?
Então, confira as orientações do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)*!
Segundo o Órgão, o hábito de ficar em casa pode gerar ansiedade e até mesmo depressão nos pets, assim como a redução no número de passeios pode ocasionar mudanças no manejo nutricional dos animais.
De acordo com o médico-veterinário Roberto Lange, da Comissão de Estabelecimentos Veterinários do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNEV/CFMV), observar a postura geral do animal é muito importante. “Cães estressados, por exemplo, exacerbam o hábito de lambedura nas patas e intensificam o ato de dar voltas ao seu redor, como se estivessem pedindo para passear. Alguns animais vocalizam, rosnam e choramingam, como pedido de socorro, outros se isolam por baixo dos móveis, ficam mais arredios aos membros da casa, tornam-se hiperativos ou até mordem”, explica.
Para ele, as orelhas podem dar indícios de ansiedade: em estado de alerta, tendem a se manterem eretas; já no medo ou submissão, elas baixam no sentido para trás da cabeça. "A regra de ouro é observar aquilo que ele não fazia antes e, abruptamente, começou a fazer”, diz Lange.
A orientação a ser dada ao tutor é que, se o animal apresenta algum desses comportamentos, está na hora de dar a ele mais atenção e cuidado. Para acalmar o pet podem ser realizadas brincadeiras que ajudam a quebrar a rotina, aliviando as tensões, como arremesso de bolinhas, o próprio banho em casa e interação direta para exercitar o pet.
Os passeios são fundamentais para cães que não fazem as necessidades em casa, além de ser muito prazeroso e ajudar a controlar a ansiedade. Neste momento, a recomendação é evitar sair de casa, mas se o passeio for imprescindível, por exemplo, no caso em que os animais só fazem as necessidades fisiológicas na rua, seguem as recomendações do CFMV:
– Os passeios ao ar livre devem ser curtos e focados, só para atender às necessidades fisiológicas;
– Apenas uma pessoa deve passear com o cão, a cada saída;
– Procure lugares menos movimentados e prefira os horários mais tranquilos;
– Evite contato com outros animais e pessoas;
– Na volta para casa, higienize as patas e pelos do pet com água e sabão neutro, de preferência os que sejam adequados a uso veterinário.
As primeiras lavagens das patas de seus animais devem ser feitas com paciência. Aqueles que não estão habituados tendem a se ressentir um pouco mais, porém com a rotina estabelecida, tudo fica mais fácil. Para limpar, de maneira geral, pode-se usar todos os surfactantes (substâncias presentes no sabão, sabonete, detergentes e xampus). Há muitos produtos à base de cloreto de benzalcônio que, diluídos em água, podem também ser úteis na limpeza.
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