Conversamos com a médica veterinária Alessandra Silvério sobre Constelação Familiar para pets. Saiba como funciona essa terapia!
É um assunto interessante e que vem se destacando bastante dentro dos atendimentos da medicina integrativa. A constelação familiar é uma psicoterapia breve, como costumamos dizer. Foi idealizada pelo alemão Bert Hellinger e, dentre as suas funções, está a de tratar e equilibrar o "emaranhamento" que ocorre quando uma das seguintes "leis" está em desarmonia.
A primeira lei é a do pertencimento: a pessoa ou animal precisa se sentir inserido na família, no "clã" em que vive. É não se sentir excluído. A segunda lei é o equilíbrio de troca. É o que você oferece em troca para outra pessoa ou animal, como carinho, atenção e que para você tem muito valor, tanto como algo material. E a outra é a ordem da hierarquia. Sabemos que os nossos antepassados "chegaram" primeiro que nós. É importante que essa ordem seja respeitada. A mesma coisa no trabalho, com quem já trabalha há mais tempo e outro que acaba de entrar na empresa.
Muitas vezes, os papeis são atropelados - na vida da gente e dos animais. Quantos animais estão sendo inseridos no lugar de filhos que um casal não teve ou não quer ter? O animal acaba ocupando um lugar que não é dele, pois é um animal. Essas são as três ordens e como é entendida a base da constelação familiar.
Muitas vezes o animal chega ao consultório e podemos observar que a doença que ele está manifestando não tem nada a ver com ele. Explico: sabe quando o animal fez todos os exames e, mesmo assim, não se encontra a causa do problema? E o animal continua piorando. Ou já foram feitas várias terapias para o tratamento e nada está resolvendo. Nestes casos, podemos entender que, na verdade, não é o animal que está doente, e sim o seu "sistema". De uma forma mais amorosa, é preciso entender se uma ou mais das três ordens não estão sendo respeitadas.
Pode ser um problema do tutor? Sim, na maioria das vezes está relacionado ao dono. Nestes casos, orientamos ao tutor buscar o apoio de um constelador para que entenda qual é o desequilíbrio que está refletindo no animal. Hoje temos as famílias multiespécies e os animais fazem parte disso, dividindo o campo eletromagnético com a família. Quando se coloca cada um no seu papel e na sua ordem, tudo começa a fluir melhor e o animal se cura.
Percebo que os médicos mais adeptos da alopatia já começaram a conhecer mais o mundo da medicina integrativa. Porque as terapias se complementam. Em alguns casos, mesmo com todo o tratamento alopático certinho, os animais não apresentam a melhora esperada. Então, o principal benefício é fazer o tutor olhar para todo esse sistema e buscar ajuda para a cura do animal.
Ainda não sou uma consteladora. Existem livros sobre o tema e indico o Dr. Marcos Fernandes, que para mim é uma das referências. Ele é veterinário, psicoterapeuta e autor de dois livros sobre o tema. A minha experiência é pessoal: eu trato a mim e aos meus cachorros com a terapia. Eu também indico a alguns pacientes quando vejo que não está evoluindo o tratamento. Faço há 6 anos a constelação e acredito que é uma das melhores técnicas em alguns casos. Recomendo que se permitam conhecer mais. Isso porque quando as três leis estão em equilíbrio, as coisas simplesmente fluem. E claro, o animal que está inserido no seu sistema, na sua família, passa a fluir também.
Alessandra Silvério é médica veterinária e fisioterapeuta. Trabalha com medicina integrativa e terapia neural.
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